Acompanhei a greve dos caminhoneiros pelo rádio, TV e internet. Mas não pensei que as pessoas entrariam em pânico tão rápido! Confesso que quando cheguei no trabalho, separei um molho de couve, três tomates e cinco batatas. "Vai que falte!", pensei.
Ao longo da tarde de quinta-feira (24), passei três ranchos em menos de uma hora. Os produtos se repetiam: arroz, feijão, azeite e leite. Era um ciclo vicioso, arroz, feijão, azeite e leite.
O único caminhão que trouxe mercadorias naquela tarde foi o de pães congelados, que veio com a metade do pedido. Assim, as mercadorias saiam e não eram substituídas. Ás 19h15min, as filas dos três caixas eram o dobro de um uma quinta-feira "normal". Foi quando o gerente perguntou para o dono do estabelecimento: "É o apocalipse?", eles riram mas era de nervosismo. Ás 20h folhas verdes acabaram, junto com a cenoura. O leite acabou na sexta-feira (25).
Sou estudante de jornalismo, mas acho que a imprensa apavorou muito a população na semana passada. Tinha falta de produtos, sim, mas não no ritmo em que era citado pela imprensa.
Brenda Jacques
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