Desde então, Porto Alegre convive com as obras inacabadas do evento. A reportagem foi a fundo para montar um dossiê mostrando tudo sobre essas obras que atrapalham o cotidiano da cidade.
Gráfico
das estimativas de custos da Copa 2014. Fonte: SportBranding-WordPress.com
TRINCHEIRA DA CARLOS GOMES COM PLÍNIO BRASIL MILANO
Esta
obra é o símbolo do atraso e de quanto prejuízo uma batalha judicial pode
causar a população de uma cidade. A batalha jurídica entre a PMPA (Prefeitura
Municipal de Porto Alegre) e a loja de venda de veículos se arrasta por vários
anos e não mostra sinais de resolução. Apenas uma pequena faixa de terreno
(foto) está disponível para trabalhos visando a construção desta “sonhada”
trincheira que desafogaria, e muito este cruzamento.
Cruzamento da Carlos Gomes com
Plínio Brasil Milano sem sinais de obras. Foto: Brenda Jacques.
Faixa de terreno liberada para futuro início das obras. Foto: Brenda
Jacques
TRINCHEIRA DA CRISTOVÃO COLOMBO
Esta
obra está com mais de 90% das atividades concluídas, tornando quase
“inacreditável” que a PMPA que não tenha verba para finalizá-la. Restam
apenas alguns metros de asfaltamento da via e das ruas laterais em apenas um
dos lados. Nesta
obra, temos sérios problemas sociais e de segurança, pois a trincheira está se
tornando um abrigo para moradores de rua e o entorno já registrou assaltos a
pedestres e motoristas.
Trincheira da Cristóvão Colombo.
Foto: Brenda Jacques
Essa
obra se “arrasta” por tanto tempo, que a placa de sinalização (foto), ficou
envelhecida. Com isso pode-se perceber o quanto tempo estamos esperando pela
melhora que a própria placa cita.
Placa de sinalização da obra,
envelhecida pelo tempo. Fonte: Brenda Jacques
TRINCHEIRA DA ANITA GARIBALDI
Esta
obra é mais uma das obras que causa estranheza, situada em um dos pontos mais
nobres da capital, aguarda a conclusão apenas das vias laterais de acesso,
causando transtorno e desconforto a moradores e usuários da via, considerada
estratégica no plano viário da nossa cidade. Além disso, materiais de
construção foram deixados na via, podendo causar acidentes e serem furtados.
Obras nas vias laterais da trincheira da avenida Anita Garibaldi.
Bloqueio de acesso à via
lateral da trincheira da Anita Garibaldi. Foto: Brenda Jacques.
CORREDOR
DA PROTÁSIO ALVES
Esta
obra foi entregue a população de Porto Alegre de forma parcial, onde deveríamos
ter um corredor moderno, com o consagrado sistema BRT, recebemos, apenas, um
novo piso de concreto, várias vezes refeito, devido a péssima qualidade do
material e paradas de ônibus simples, que pouco abrigam os usuários nos nossos
dias de rigoroso e chuvoso inverno.
Corredor da Protásio Alves Foto:
Brenda Jacques
DUPLICAÇÃO
DA AVENIDA TRONCO
Entre as obras mais polêmicas
está a duplicação da avenida Tronco na zona sul, em que foi preciso retirar 190
famílias de suas moradias para a obra, que até o momento não foi concluída. O início
foi em 2012, mas a obra foi paralisada em outubro de 2016 por falta de
dinheiro. Segundo o jornal Diário Gaúcho, a prefeitura mantém uma dívida de R$
10,4 milhões com a empresa responsável. A previsão de retorno da obra é para
junho de 2018 e a conclusão para maio de 2020, assim a avenida contará com
corredores e estações de ônibus e implantação de ciclovias.
Duplicação da Avenida Tronco.
Foto: Diário Gaúcho.
DUPLICAÇÃO DA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA
Esta
obra encontra-se com a etapa 1 (trecho de 1Km entre a avenida da Conceição e a
avenida Ramiro Barcelos) praticamente concluída e foi orçada em R$ 14,8
milhões. A
etapa 2 (trecho de 830 metros entre a avenida Ramiro Barcelos e a avenida
Câncio Gomes) depende de recuos de terreno.
A
etapa 3 (trecho entre a avenida Câncio Gomes e a avenida Sertório) depende de
desapropriações, que tornam o processo ainda mais demorado. Atualmente,
as etapas 2 e 3 possuem, apenas um pequeno trecho de recuo concluído, em frente
à Vila dos Papeleiros.
Trecho sem obras na avenida
Voluntários da Pátria. Foto: Brenda Jacques.
Trecho quase pronto, no qual se percebe como a duplicação ajuda a
desafogar o trânsito. Foto: Brenda Jacques.
Esse
cenário não é visível somente em Porto Alegre, outras cidades que sediaram a
Copa de 2014 também sofrem com o mesmo problema. A certeza que temos é que
essas obras começaram e precisam terminar. Por isso é preciso cobrança aos
governos para que sejam agilizadas essas obras, que já estão em andamento, para
que um dia a mobilidade urbana seja a “campeã”.
Brenda
Jacques