No
Brasil, além de haver inúmeros fãs fanáticos pelos e-Sports, há também muitos
cyber atletas brasileiros com destaque mundial. No Counter Strike, o time SK
Gaming, composto por brasileiros, possui 12 títulos, entre eles 2 mundiais,
além de ter sido o time que se manteve por mais tempo em primeiro lugar no
ranking mundial do jogo, e ainda, o jogador eleito melhor do mundo no ano de
2016 e 2017 foi o brasileiro Marcelo David, apelidado de Coldzera. E nesses dois anos, entre os 20 melhores do mundo haviam quatro brasileiros na lista.
Time brasileiro, SK Gaming,
bicampeão mundial de Counter Strike (Foto: Divulgação/ESL)
Já no League of Legends, a participação
brasileira no cenário internacional começou em 2013, quando a Pain Gaming
disputou a classificatória para o Mundial, mas acabou derrotada na final e não
garantiu vaga no Mundial. Em 2014, a Kabum e-Sports participou do campeonato
mundial, acabou sendo eliminada logo na fase de grupos com uma vitória e cinco
derrotas. No ano seguinte a Pain novamente apareceu nas classificatórias, e
dessa vez conseguiu participar do torneio principal com um desempenho um pouco
superior, duas vitórias e quatro derrotas. Em 2016 a INTZ e-Sports representou
o país no principal torneio do ano, com uma estreia espetacular vencendo a
favorita EDG da China, mas perdeu os outros cinco jogos e foi eliminada. A
partir de 2017 o formato dos torneios mudou, não foram disputados mais torneios
classificatórios, mas sim uma fase de entrada, e o representante brasileiro a
Team One, acabou sendo eliminada logo de cara.
Até 2015, o Mundial era o único
campeonato internacional, então foi criado o Mid-Season Invitational (MSI), uma
espécie de “mundialito”, mas os times brasileiros nunca conseguiram se
classificar para o evento principal. Em 2017, a competição aconteceu no Brasil,
onde a Red Canids era a representante nacional e não passou da fase de entrada.
Os outros representantes foram INTZ e-Sports em 2015 e 2016, que não passou das
classificatórias, e a Kabum e-Sports, que esse ano foi eliminada na fase de
entrada.
No
Brasil, o campeonato nacional (CBLOL), é dividido em duas etapas, a primeira já
foi realizada e teve a Kabum como campeã vencendo a Keyd na final por 3x2 em
uma melhor de cinco. Pain e Team One foram rebaixadas. A segunda etapa começará
dia 9 de junho, são oito equipes que se enfrentarão todas contra todas em
series melhor de três. Após a fase regular, é disputada uma escalada, onde o 5°
colocado enfrenta o 4°, quem vencer enfrenta o 3°, o ganhador desta pega o 2° e
finalmente o vencedor enfrenta o 1°, todos esses confrontos em séries melhor de
cinco. Na série de promoção, o perdedor da disputa entre 4° e 5° enfrenta o 6°
colocado, quem for derrotado enfrenta o 7°, ambas as séries melhores de três. O
perdedor do último confronto disputa uma vaga na próxima etapa contra o 2°
colocado do circuito desafiante, a segunda divisão do LOL, em uma melhor de
cinco. O último colocado da fase regular é rebaixado diretamente. Enquanto o
campeão do circuito desafiante disputará o próximo CBLOL.
Nosso
país também já foi palco de grandes campeonatos de e-Sports. Em 2015, o
estádio do Palmeiras recebeu os 2 times finalistas do Campeonato Brasileiro de
League of Legends (CBLOL). No ano seguinte, as finais da liga profissional de
Counter Strike, onde juntou 12 equipes, aconteceu no Ginásio do Ibirapuera, em
São Paulo. Em 2017, o Mid-Season Invitational (MSI) de League of Legends teve
jogos em São Paulo e no Rio de Janeiro, com a presença das melhores equipes do
jogo, e em junho de 2018, 8 times de diferentes países jogarão a ESL Belo
Horizonte, que ocorrerá na Mineirinho Arena.
Finais da Liga Profissional de
Counter Strike em São Paulo (Foto: Divuldação/ESL)
O Brasil
conquistou o seu primeiro título da Pro League de Rainbow Six. A Team Liquid
venceu a Penta na final por 2 a 1, e se tornou a primeira campeã mundial
brasileira do campeonato. Os brasileiros chegaram à final diversas vezes, mas
nenhuma com total sucesso. No Domingo, dia 20, em Atlantic City, a equipe
brasileira ganhou dos alemães, tricampeões do torneio. Leo “Zigueira”, levantou
o troféu após uma MD3 (melhor de três), em um jogo muito disputado e
equilibrado.
Brasileiros da Team Liquid se consagraram campões mundial
pela primeira vez em 2018 (Foto: Divulgação/ESL)
Além
do título tão desejado, o jogador André “Nesk” foi considerado o melhor jogador
do torneio, e ficou com o prêmio MVP. Ele conseguiu um total de 81 abates em
oito mapas, mais de dez eliminações por partida.
Caso vença
o regional, a Liquid garante vaga na próxima Pro Legue, que ocorre em novembro
no Rio de Janeiro. Demonstrando ainda mais a importância que o país vem ganhando
no cenário competitivo do jogo.
Para um
jogo lançado em 2015, o número de jogadores é impressionante. De acordo com o
SteamCharts, o jogo de tiro da Ubisoft alcançou um total de 176.208 jogadores
no começo do ano. O número é mais impressionante se compararmos com o mesmo
período do ano anterior, na qual eram apenas 48 mil jogadores. O número de
campeonatos amadores organizados também aumentou, junto com as premiações.
Torneio Universitário:
Estudantes
que são fãs de jogos eletrônicos, também podem competir defendendo suas
faculdades. O Torneio Universitário de e-Sports (TUES) ocorre todos os anos em
5 jogos diferentes: Counter Strike, League of Legends, Clash Royale, Fifa e
Hearthstone, e é exclusivo para alunos ingressos em faculdades de todo o Brasil.
O campeonato possui fase qualificatória, fase de grupos online e fase final que
é presencial e as melhores equipes universitárias se enfrentam em São Paulo,
com público os assistindo.
Gabriel Amaral, Rafael Brum e Vinícius Sanfelice
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